Com a época festiva a aproximar-se, é importante que se aborde a questão dos animais de estimação enquanto presentes de Natal. É certo que inúmeras crianças e adultos adorariam um patudo, mas a adoção (ou compra, embora a desencorajemos terminantemente) deve ser um ato extremamente ponderado. Assim, partilhamos consigo as principais razões pelas quais somos contra a oferta de patudos, sobretudo no Natal. #1 É uma decisão enorme que não deve ser encarada de ânimo leveUma das principais razões pelas quais desencorajamos a oferta de patudos prende-se com o facto de requerer que toda a família esteja de acordo com a decisão e preparada para a responsabilidade. É fácil tomar uma decisão impulsiva, mas considerou todo o trabalho, dedicação e investimento que um patudo requer? Mais que um presente, está a oferecer uma enorme responsabilidade de longo prazo! Infelizmente, muitos patudos acabam acorrentados ou abandonados assim que os tutores perdem o interesse ou se apercebem dos verdadeiros custos associados a cuidar de um animal. #2 Um animal não é nem deve ser visto como um brinquedoAo oferecer um patudo a uma criança, aos olhos dela, estará a equipará-lo a todos os outros brinquedos que recebeu no Natal. É só mais um. Claro que se perguntar a uma criança se quer um patudo no Natal, ela vai responder que sim, mas será que ela compreende que o patudo não existe com o único propósito de brincar com ela? Não é algo que pode escolher ligar e desligar, arrumar numa prateleira e eventualmente perder o interesse. #3 Um animal não deve ser uma surpresaPor um momento, coloquemos de parte o entusiasmo e felicidade de ser surpreendido por uma bolinha de pelo debaixo da árvore de Natal. Na nossa opinião, um patudo nunca deve ser uma surpresa. A adoção deve ser um assusto discutido por toda a família com antecedência. Antes sequer de começar a procurar um animal, toda a família deve estar de acordo e compreender a responsabilidade e o compromisso que tal envolve. Tanto adultos como crianças deverão estar envolvidos em todas as fases do processo, desde a ideia inicial, passando por escolher e conhecer o patudo, a efetivamente inseri-lo e apresentá-lo à casa nova. Isto porque a empatia com um patudo é crucial, pelo que excluir as pessoas que efetivamente cuidariam do patudo do seu processo de adoção é um risco. #4 A época natalícia nem sempre é a melhor alturaSejamos práticos: o Natal e o Ano Novo são festividades caóticas para muitas famílias. Envolvem frequentemente deslocações para visitar familiares e muito tempo fora de casa ou precisamente o contrário: muitas visitas e confusão na própria casa. Adicione a isto a surpresa de receber um animal e todo o trabalho adicional que as primeiras semanas envolvem (por exemplo, educar o patudo, acomodá-lo no seu espaço e socializá-lo) e terá o prato cheio. Como já salientamos, inserir corretamente um patudo na família requer tempo, paciência e dedicação, mas também preparação! Finalmente, embora reconheçamos que cada caso é um caso e, evidentemente, há casos de sucesso, na maioria das situações a oferta de animais é um risco demasiado grande e coloca em causa o bem-estar do patudo. Por outro lado, há uma grande diferença entre oferecer um patudo como presente e adotar responsavelmente natalícia porque está certo de que é a altura ideal para a sua família, não é este último caso que está em discussão.
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Agosto 2020
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© 2019 ASAAST - Asssociação dos Amigos dos Animais de Santo Tirso
A ASAAST é uma instituição sem fins lucrativos dedicada à proteção animal e à promoção da adoção de cães e gatos abandonados e negligenciados. Funciona em regime de voluntariado e localiza-se em Santo Tirso, Porto.
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